PS diz que não há "consolidação estrutural", só "disfarce conjuntural"

O deputado socialista José Junqueiro defendeu que os dados da execução orçamental hoje divulgados confirmam "as piores previsões e o falhanço do Governo", sem "nenhuma consolidação estrutural" mas apenas "um disfarce conjuntural".
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"Confirmam-se as piores previsões e o falhanço do Governo nas metas que traçou", afirmou José Junqueiro aos jornalistas no Parlamento.

O défice da administração central e da Segurança Social atingiu os 8.145 milhões de euros em outubro, segundo os critérios relevantes para a 'troika'. O boletim de execução orçamental da Direção-Geral do Orçamento (DGO) mostra que o valor do défice público nos primeiros dez meses do ano já está muito próximo do total previsto para 2012: 9.000 milhões de euros.

A receita fiscal caiu 4,6 % nos primeiros dez meses do ano por comparação com o mesmo período de 2011, indica igualmente o boletim.

"Só no final do ano é que poderemos dizer com verdade qual foi o défice real", afirmou José Junqueiro, que considerou, no entanto, que não será atingido o défice de 5% já corrigido em alta.

Para o deputado socialista, "atualmente, o que as pessoas podem e devem saber é que de todos os seus sacrifícios, de todos os seus salários, de tudo o que está a ser vendido, de tudo o que está a ser concessionado, não há nenhum cêntimo para a abater à dívida, não há nenhuma consolidação estrutural".

"Não há nenhuma consolidação estrutural, há apenas um disfarce conjuntural", sublinhou.

"Há um aumento do défice, todos os impostos caem, menos aqueles do IRC, do IRS que corresponde aos nossos salários, a despesa com pessoal que cai é a que corresponde aos subsídios de férias que também não recebemos, há menos 800 milhões de euros na Segurança Social", apontou.

José Junqueiro considerou "espantoso que no subsetor Estado - direções-gerais, ministérios - tenha existido uma execução em linha com a do ano anterior".

"Ou seja, nada disto serviu para coisa nenhuma porque a despesa acaba por aumentar. É uma leitura que se faz, factual, sem nenhum tipo de contestação. O Governo falhou nesta execução orçamental", defendeu.

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